Os homossexuais parecem não valer muita coisa na Rússia. A Justiça do país proibiu, na quinta-feira 07, a realização de manifestações arco-íris pelos próximos 100 anos.
A decisão foi em resposta a um pedido oficial de ativistas LGBT que pretendiam realizar uma parada gay em Moscou. Em quase todos anos, a cena é a mesma: militantes tentam ir às ruas e são rechaçados por grupos conservadores, neonazistas e pela polícia.
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201223h33
Rússia proíbe paradas gays
pelos próximos 100 anos; ativistas LGBT contestam decisão
O Tribunal Municipal de Moscou, na Rússia, confirmou nessa
quinta-feira (7) a validade de uma lei que proíbe pelos próximos cem anos a
realização de paradas gays na capital.
A decisão foi
imediatamente contestada pelo líder dos direitos LGBT na capital, Nikolay
Alekseyev. Ele ajudou a organizar uma campanha que, por meio de cartas,
tentaria o veto à lei.
Em comunicado, Banks
Andre, da organização de direitos LGBT “Allout”, avaliou que “negar 100 anos de
orgulho é uma maneira de fazer nenhum amigo em 2012".
"Esta decisão nos
lembra que o orgulho é tão significativo hoje como era depois de Stonewall, em
1969 --milhões ao redor do mundo ainda estão lutando pelo direito básico de
viver e amar abertamente quem eles escolhem", disse o ativista. “Assim
como naquele verão inesquecível, essa luta vai continuar e vai ser bem
sucedida. Com uma forte pressão de russos gays e héteros, juntamente com outros
líderes mundiais, [o presidente Vladmir] Putin terá em breve que escolher se
quer ou não estar do lado certo da história”, completou o ativista.
Mês passado, dezenas
de ativistas da causa gay foram presos ao tentar promover o evento. Para
algumas lideranças dos direitos dos homossexuais, o veto respondeu um pedido
formal de autorização para 102 paradas gays em Moscou entre 2012 e 2112.
Com a nova lei, agora
os ativistas devem recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, do qual a
Rússia recentemente tornou-se membro. (Com agências internacionais)
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