"'Cura gay' é um absurdo", diz presidente da Câmara
CATIA SEABRA
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), chamou nesta sexta-feira (21) de absurda a aprovação do projeto que
permite aos psicólogos promover tratamento para 'cura' da homossexualidade.
Eduardo Alves admitiu ainda que foi um erro votar essa proposta
--em sua opinião "sem sentido"-- em meio à onda de protestos no
Brasil.
Para o presidente da Câmara, o projeto mostra um "erro de
ótica". "É um absurdo isso. É uma coisa sem sentido tratar [a
homossexualidade] como uma doença. Temos que respeitar essa segmento da
sociedade que não se considera doente e não considera isso uma doença".
Sob o comando do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), a
Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou na terça-feira (18) o projeto,
conhecido como "cura gay".
O texto terá que passar ainda por outras duas comissões da Casa
--Seguridade Social e Constituição e Justiça-- antes de ir para plenário.
Colaboradores da presidente Dilma Rousseff reclamam da conduta do
Congresso Nacional durante a série de manifestações no país. Segundo
integrantes da Esplanada dos Ministérios, a pauta do Congresso --com temas como
a gay-- demonstra insensibilidade e acaba fomentando a crise.
APROVAÇÃO
Sob o comando do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), a
Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou na última terça-feira (18)
projeto que permite aos psicólogos promover tratamento com o objetivo de curar
a homossexualidade.
A votação foi simbólica: durante o debate, apenas os deputados
Simplício Araújo (PPS-MA) e Arnaldo Jordy (PPS-PA) discursaram contrários ao
texto. Araújo tentou adiar a votação com pedidos de leitura da ata da última
sessão e retirada do projeto da ata --ambos foram rejeitados.
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