Pai e filho confundidos com GAY
PAI E FILHO CONFUNDIDOS COM GAY SÃO AGREDIDOS

Travestis e Transexuais) divulgou nota nesta quarta-feira
repudiando a agressão contra um pai e seu filho durante um
evento São João da Boa Vista (216 km de São Paulo), na
madrugada da última sexta-feira (15). No episódio, ambos
foram agredidos por um grupo de homens que confundiram
os dois com um casal gay. O pai teve parte da orelha decepada.
ouvir mais testemunhas nesta quarta-feira .
Um grupo de sete jovens espancou pai e filho na
madrugada de sexta-feira (15), em um centro de
exposições de São João da Boa Vista, no interior
de São Paulo. Os criminosos confundiram os dois
com um casal homossexual, porque estavam
abraçados. O pai de 42 anos,que preferiu não se
identificar, teve metade da orelha decepada por
mordidas. Ele decidiu prestar queixa e falar sobre
o caso somente nesta segunda. “Na hora que eu
acordei, as pessoas diziam que eu estava sem a
orelha”,disse. O filho, 18 anos, também preferiu o
sigilo.A polícia ainda não identificou os agressores.
Homofobia, que é a aversão a homosexuais, ainda
não consta como crime no Código Penal brasileiro,
mas, além da agressão, os jovens também podem
responder por discriminação. Informações do G1.
madrugada de sexta-feira (15), em um centro de
exposições de São João da Boa Vista, no interior
de São Paulo. Os criminosos confundiram os dois
com um casal homossexual, porque estavam
abraçados. O pai de 42 anos,que preferiu não se
identificar, teve metade da orelha decepada por
mordidas. Ele decidiu prestar queixa e falar sobre
o caso somente nesta segunda. “Na hora que eu
acordei, as pessoas diziam que eu estava sem a
orelha”,disse. O filho, 18 anos, também preferiu o
sigilo.A polícia ainda não identificou os agressores.
Homofobia, que é a aversão a homosexuais, ainda
não consta como crime no Código Penal brasileiro,
mas, além da agressão, os jovens também podem
responder por discriminação. Informações do G1.
www.bahianoticias.com.br
O pai perde parte da Orelha
A Polícia Civil de São João da Boa Vista ( SP )
investiga a agressão contra dois homens,
pai e filho, que teriam sido confundidos por
criminosos com um casal gay. O caso ocorreu
no fim de semana, durante uma feira agropecuária
da cidade. O homem de 42 anos perdeu boa parte
da orelha direita. O rapaz de 18 anos foi
encaminhado ao hospital, mas já foi liberado.
investiga a agressão contra dois homens,
pai e filho, que teriam sido confundidos por
criminosos com um casal gay. O caso ocorreu
no fim de semana, durante uma feira agropecuária
da cidade. O homem de 42 anos perdeu boa parte
da orelha direita. O rapaz de 18 anos foi
encaminhado ao hospital, mas já foi liberado.
Segundo a polícia, os dois estavam abraçados
quando integrantes de um grupo de sete jovens
perguntaram se eles eram gays. Diante da
negativa, o grupo saiu, mas retornou e começou
a espanca-los. Os agressores ainda não foram
identificados.
quando integrantes de um grupo de sete jovens
perguntaram se eles eram gays. Diante da
negativa, o grupo saiu, mas retornou e começou
a espanca-los. Os agressores ainda não foram
identificados.
A organização da feira informou que vai colaborar
com as investigações e que, no momento em que
ela ocorreu, pelo menos 150 seguranças e policiais
militares patrulhavam o evento.
com as investigações e que, no momento em que
ela ocorreu, pelo menos 150 seguranças e policiais
militares patrulhavam o evento.
“Depois que vi que não deu em nada e que eles
continuam soltos, fiquei com medo de sair da rua.
Espero que seja feita Justiça. Porque se ninguém
for punido, o pessoal vai achar que pode sair na
rua espancando e arrancando a orelha de quem quiser.”
continuam soltos, fiquei com medo de sair da rua.
Espero que seja feita Justiça. Porque se ninguém
for punido, o pessoal vai achar que pode sair na
rua espancando e arrancando a orelha de quem quiser.”
Ainda traumatizado e com receio de sair na rua,
o autônomo de 42 anos que teve parte da orelha
decepada e foi espancado na última sexta-feira por
um grupo de jovens só porque estava abraçado ao
filho de 18 anos disse nesta quarta-feira ao
UOL Notícias que terá de fazer “três ou quatro cirurgias”
se quiser reconstituir a orelha direita.
o autônomo de 42 anos que teve parte da orelha
decepada e foi espancado na última sexta-feira por
um grupo de jovens só porque estava abraçado ao
filho de 18 anos disse nesta quarta-feira ao
UOL Notícias que terá de fazer “três ou quatro cirurgias”
se quiser reconstituir a orelha direita.
As agressões ocorreram na madrugada de sexta-feira
na festa EAPIC (Exposição Agropecuária Industrial e
Comercial), que acontece em São João da Boa Vista .
na festa EAPIC (Exposição Agropecuária Industrial e
Comercial), que acontece em São João da Boa Vista .
Ele e o filho foram agredidos por cerca de sete jovens
que acharam que eles fossem um casal gay.
“Isso tudo aconteceu porque acharam que a gente
era gay. E se fossemos gay? Qual o problema?
Antes de nos agredir, eles ficavam provocando e
falavam para a gente se beijar na boca”, disse o pai,
que pediu para não ter o nome revelado por temer represália.
que acharam que eles fossem um casal gay.
“Isso tudo aconteceu porque acharam que a gente
era gay. E se fossemos gay? Qual o problema?
Antes de nos agredir, eles ficavam provocando e
falavam para a gente se beijar na boca”, disse o pai,
que pediu para não ter o nome revelado por temer represália.
O pai realizou exames nesta manhã no Hospital de
Clínicas de São Paulo e recebeu tratamento. Ele ouviu dos
médicos que terá de voltar ao hospital em 15 dias para
iniciar o tratamento de reconstituição parcial da orelha.
Clínicas de São Paulo e recebeu tratamento. Ele ouviu dos
médicos que terá de voltar ao hospital em 15 dias para
iniciar o tratamento de reconstituição parcial da orelha.
“Vou ter que fazer umas três ou quatro cirurgias plásticas
e, mesmo assim, os médicos disseram que não vai ficar
perfeito. Vai ter que tirar um pedaço da cartilagem da
costela para reconstituir a orelha”, disse ele, alegando
estar “desanimado” com a situação.
e, mesmo assim, os médicos disseram que não vai ficar
perfeito. Vai ter que tirar um pedaço da cartilagem da
costela para reconstituir a orelha”, disse ele, alegando
estar “desanimado” com a situação.
Ele disse estar em dúvida se vai mesmo fazer as
cirurgias plásticas. “Dá um desânimo ter que viajar para
São Paulo para fazer o tratamento. Saí de casa
hoje [quarta-feira] de madrugada para ser atendido.
Estou perdido, não sei o que fazer. Estou indo para
São Paulo com meu carro e comprando remédios com o
dinheiro do bolso. Minha vida virou completamente de
ponta cabeça”, disse o autônomo.
cirurgias plásticas. “Dá um desânimo ter que viajar para
São Paulo para fazer o tratamento. Saí de casa
hoje [quarta-feira] de madrugada para ser atendido.
Estou perdido, não sei o que fazer. Estou indo para
São Paulo com meu carro e comprando remédios com o
dinheiro do bolso. Minha vida virou completamente de
ponta cabeça”, disse o autônomo.
O pai disse que está sem trabalhar por causa dos
ferimentos. “Sou autônomo e não tenho como trabalhar.
Não posso tomar sol e nem pegar poeira. Quando saio
na rua, todo mundo me para e fica perguntando.”
ferimentos. “Sou autônomo e não tenho como trabalhar.
Não posso tomar sol e nem pegar poeira. Quando saio
na rua, todo mundo me para e fica perguntando.”
Ele contou que o filho de 18 anos, que é universitário
e cursa educação física, está bastante abalado e
teve ferimentos leves. “Imagina só, ele ficou segurando
o pedaço da minha orelha em um copo com gelo”,
disse ele, que tem outros três filhos.
e cursa educação física, está bastante abalado e
teve ferimentos leves. “Imagina só, ele ficou segurando
o pedaço da minha orelha em um copo com gelo”,
disse ele, que tem outros três filhos.
“Meus irmãos, meus filhos e toda a minha família ficou
abalada com tudo isso. Uma tia minha chegou a
desmaiar quando ficou sabendo”, disse ele.
abalada com tudo isso. Uma tia minha chegou a
desmaiar quando ficou sabendo”, disse ele.
O pai disse ainda que os médicos apontaram que
a orelha foi decepada provavelmente por um objeto
cortante e disse não ter certeza se foi mesmo uma
mordida que provocou o ferimento, como foi inicialmente
divulgado. “Pelo que os médicos falaram pode ter sido
feito com um estilete ou canivete”, relatou.
a orelha foi decepada provavelmente por um objeto
cortante e disse não ter certeza se foi mesmo uma
mordida que provocou o ferimento, como foi inicialmente
divulgado. “Pelo que os médicos falaram pode ter sido
feito com um estilete ou canivete”, relatou.
“Ainda estou pensando se farei mesmo as cirurgias plásticas.
No entanto é duro olhar no espelho e ver que está faltando
um pedaço de seu corpo”.
No entanto é duro olhar no espelho e ver que está faltando
um pedaço de seu corpo”.
“O fato de tudo isso ter acontecido foi porque acharam
que a gente era um casal gay. Espero que todos sejam
punidos, senão a sensação de impunidade vai
continuar”, disse ele. “Infelizmente nossa lei é assim.
Ninguém é punido.”
que a gente era um casal gay. Espero que todos sejam
punidos, senão a sensação de impunidade vai
continuar”, disse ele. “Infelizmente nossa lei é assim.
Ninguém é punido.”
Identificados
A Polícia Civil identificou ontem dois suspeitos pelo crime.
Um deles foi ouvido ontem e confessou a participação.
Ele ficou detido por algumas horas na delegacia e foi
liberado depois que a Justiça não decretou sua prisão
temporária.
Um deles foi ouvido ontem e confessou a participação.
Ele ficou detido por algumas horas na delegacia e foi
liberado depois que a Justiça não decretou sua prisão
temporária.
Ele alegou que estava bêbado na hora da agressão.
Outro suspeito foi identificado pela polícia, mas não
havia sido localizado.
Outro suspeito foi identificado pela polícia, mas não
havia sido localizado.
Os dois suspeitos não tiveram a identidade divulgada
pela polícia e vão responder pelo crime de lesão
corporal dolosa (quando há intenção de ferir outra pessoa).
A pena prevista vai de dois a oito anos de prisão, caso
sejam condenados. Eles podem responder ainda por
discriminação, segundo a Polícia Civil.
pela polícia e vão responder pelo crime de lesão
corporal dolosa (quando há intenção de ferir outra pessoa).
A pena prevista vai de dois a oito anos de prisão, caso
sejam condenados. Eles podem responder ainda por
discriminação, segundo a Polícia Civil.
A Justiça não aceitou nesta terça-feira o pedido da polícia
] de prisão temporária para o suspeito sob a alegação de
que a Lei da Prisão Temporária, nº 7.960, de 21 de
dezembro de 1989, não prevê este tipo de detenção
para o crime de lesão corporal. Com isso, os suspeitos
responderão ao crime em liberdade.
] de prisão temporária para o suspeito sob a alegação de
que a Lei da Prisão Temporária, nº 7.960, de 21 de
dezembro de 1989, não prevê este tipo de detenção
para o crime de lesão corporal. Com isso, os suspeitos
responderão ao crime em liberdade.
A polícia vai analisar agora as imagens das câmeras do
circuito interno de vídeo da exposição agropecuária
para identificar outros agressores.
A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais,circuito interno de vídeo da exposição agropecuária
para identificar outros agressores.
Travestis e Transexuais) divulgou nota nesta quarta-feira
repudiando a agressão contra um pai e seu filho durante um
evento São João da Boa Vista (216 km de São Paulo), na
madrugada da última sexta-feira (15). No episódio, ambos
foram agredidos por um grupo de homens que confundiram
os dois com um casal gay. O pai teve parte da orelha decepada.
Está marcada para o próximo domingo (31) a 3ª Parada
Gay de São João da Boa Vista. Grupos gays preparam um
protesto pelas ruas da cidade.
Gay de São João da Boa Vista. Grupos gays preparam um
protesto pelas ruas da cidade.
“Este é um caso concreto de violência homofóbica e
corrobora a triste realidade comprovada por várias pesquisas
que mostram que em torno de 70% das pessoas LGBT já
foram discriminadas em algum momento da sua vida e 20%
já sofreram violência física em função de sua orientação
sexual e/ou identidade de gênero”, diz a nota da entidade.
corrobora a triste realidade comprovada por várias pesquisas
que mostram que em torno de 70% das pessoas LGBT já
foram discriminadas em algum momento da sua vida e 20%
já sofreram violência física em função de sua orientação
sexual e/ou identidade de gênero”, diz a nota da entidade.
A ABGLT pede ainda que o Congresso aprove “o mais rápido
possível” a lei que criminaliza a homofobia no Brasil.
possível” a lei que criminaliza a homofobia no Brasil.
A Polícia Civil de São João da Boa Vista já identificou dois
integrantes do grupo –até agora, porém, eles continuam
em liberdade já que a Justiça negou a prisão de ambos.
integrantes do grupo –até agora, porém, eles continuam
em liberdade já que a Justiça negou a prisão de ambos.
Em depoimento na terça-feira (19), um homem de
25 anos confessou ter participado da agressão, mas
negou que o motivo tenha sido discriminação sexual.
O delegado titular do 1º Distrito Policial, Fernando Zucarelli,
disse que ainda não há data marcada para ouvir o outro
acusado, de 30 anos.
25 anos confessou ter participado da agressão, mas
negou que o motivo tenha sido discriminação sexual.
O delegado titular do 1º Distrito Policial, Fernando Zucarelli,
disse que ainda não há data marcada para ouvir o outro
acusado, de 30 anos.
Os dois não tiveram a identidade divulgada pela polícia e
vão responder pelo crime de lesão corporal dolosa
(quando há intenção de ferir outra pessoa). A pena prevista
vai de dois a oito anos de prisão, caso sejam condenados.
vão responder pelo crime de lesão corporal dolosa
(quando há intenção de ferir outra pessoa). A pena prevista
vai de dois a oito anos de prisão, caso sejam condenados.
O pai, de 42 anos, e o filho, um estudante de 18 anos,
estavam abraçados quando foram cercados por sete homens
e espancados na festa EAPIC (Exposição Agropecuária Industrial
e Comercial), que acontece na cidade.
estavam abraçados quando foram cercados por sete homens
e espancados na festa EAPIC (Exposição Agropecuária Industrial
e Comercial), que acontece na cidade.
O pai foi espancado e relatou à polícia que a agressão
começou depois que o grupo passou diante dele e do filho
e questionou se ambos eram gays por estarem abraçados.
Eles responderam que eram pai e filho e o grupo passou então
a persegui-los.
começou depois que o grupo passou diante dele e do filho
e questionou se ambos eram gays por estarem abraçados.
Eles responderam que eram pai e filho e o grupo passou então
a persegui-los.
Os agressores retornaram alguns minutos depois e os agrediram
com chutes e socos. O filho teve ferimentos leves e o
pai precisou ser socorrido no hospital da cidade.
com chutes e socos. O filho teve ferimentos leves e o
pai precisou ser socorrido no hospital da cidade.
O pai foi ouvido nesta terça-feira pela Polícia Civil. Ele disse
que não tinha como reconhecer os agressores porque
desmaiou durante as agressões. Uma testemunha
também confirmou a agressão em depoimento ao delegado
Fernando Zucarelli Pinto.
que não tinha como reconhecer os agressores porque
desmaiou durante as agressões. Uma testemunha
também confirmou a agressão em depoimento ao delegado
Fernando Zucarelli Pinto.
O filho agredido mora em São Paulo, onde estuda. A namorada
dele estava na festa, mas no momento das agressões havia
ido ao banheiro e não presenciou o crime, segundo a polícia.
dele estava na festa, mas no momento das agressões havia
ido ao banheiro e não presenciou o crime, segundo a polícia.
A organização da festa informou que vai colaborar com as
nvestigações e que ao menos 150 homens faziam a segurança
do recinto.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso e devenvestigações e que ao menos 150 homens faziam a segurança
do recinto.
ouvir mais testemunhas nesta quarta-feira .
asseata já estava marcada antes da agressão.
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